Por
Jânsen Leiros Jr.
Seguimos em nosso propósito de tornar a
teologia mais palatável a todo e qualquer interessado em seus temas, abordagens,
e modo de enxergar a vida. E nesse impulso, precisamos lançar algumas bases que
nos ajudem a, ainda que mantendo o frescor de uma argumentação acessível, sustentar
e guiar nossas investigações pelo universo teológico.
Nesse aspecto, é preciso ter em mente que
todo e qualquer empreendimento humano se sustenta em pressupostos ou intenções
que norteiam tal empenho. No desenvolvimento de determinado projeto, o método é sempre um orientador
importante, que estabelece as bases sobre as quais se definirá o modelo e a
estruturação do que se pretende realizar.
No caso do estudo teológico, alguns
aspectos devem servir de pilares para
que o estudo não se perca de seu objetivo primordial, nem acabe por desviar-se de
princípios elementares, próprios de um labor
teológico.
Assim, ainda que eu tenha profunda resistência
a afirmações quantitativas que estabeleçam a ideia de totalidade das possibilidades,
destacamos cinco pilares que entendemos exigíveis:
1. Pertinência


2. Contexto histórico
A tradição teológica pode ser
considerada na análise de qualquer tema. Mas não deve ser considerada absoluta,
ainda que a pretexto de uma apologética clássica e conservadora. Porém, a
observação da interpretação teológica contextualizada em diferentes momentos da
história, pode delinear conceitos de viés transcendente de percepções
confiáveis.
3. Atualidade

Seja qual for a concepção teológica,
suas verdades precisam ter aplicação e relevância contemporâneas. Suas
afirmações precisam dialogar com as vertentes existenciais de sua época, sendo
capazes de promover reflexão e fortalecimento da fé.

A superficialidade teológica é
inaceitável na sua exposição, tanto quanto um raciocínio simplório no labor do
teólogo. Uma vez iniciada a investigação, o teólogo só pode dar-se por
satisfeito, quando todas as perguntas estiverem coerentemente respondidas, por
argumentos aceitáveis ou não contraditórios. Ainda que o enunciado da afirmação
teológica resuma bem o conteúdo comunicado, a sustentação precisa estar preparada
para um aprofundamento eventualmente proposto.
5. Coragem
A timidez não combina com a
comunicação teológica. Menos ainda o medo do julgamento alheio ou da crítica de
quem quer que seja. Todo o labor teológico tem em seu estímulo mais básico, um
impulso profético. Assim, não é aceitável que o resultado desse esforço seja
escondido pelo receio da impopularidade. Qualquer posicionamento firmado
ensejará confrontação divergente.
Estes assim chamados pilares, deverão permear todo o
exercício teológico que faremos daqui pra frente. E a eles sempre retornaremos,
à medida que nossas próprias convicções necessitarem de validação quanto aos
seus requerimentos.